"Out of Africa"

"Dont' move" diz Robert Redford. "But I want to move" responde-lhe Meryl Streep. "Don't move" repete Robert Redford.
Finalmente consegui preencher mais uma lacuna cinematográfica da minha vida, e esta era mesmo imperdoável! Graças ao AXN, que repetiu o filme pela milésima vez, e desta vez eu aguentei o sono e fiquei ali até às 2:30 da manhã a ver!
Palavras para o descrever? Ui, bai dar uma ganda bolta! The perfect love story, the perfect landscape, the perfect soundtrack... and Robert Redford better than ever! E como é que a Meryl Streep consegue falar um inglês com pronúncia dinamarquesa??? "Out of Africa" é uma história simplesmente linda, um pouco triste, é certo, mas é impossível ficar-lhe indiferente... A viagem, a doença, a produção quse impossível de café (que quando se consegue a melhor colheita de sempre, o impensável acontece), as histórias inventadas à lareira, a amizade conquistada com os povos autóctones e, claro está, uma das mais belas histórias de amor do cinema, sempre com a magnífica paisagem do Quénia como cenário. Para variar, chorei no fim... (ando a ficar bem lamechas, já não me consigo conter)
E tudo isto tendo como história transversal o colonialismo (ai o que eu fervo com estas coisas, principalmente quando os ingleses queriam tirar todas as terras dos nativos). É brilhante uma frase de Robert Redford, quando eclode a I Guerra Mundial: "Nós não temos nada a ver com isto. A Vitória e o Kaiser até eram parentes. E só porque ela tinha 2 montanhas em África e ele não tinha nenhuma, ela deu-lhe o Kilimanjaro." Para alunos de CPRI, este tipo de coisas até põe o sangue a circular mais depressa...
E agora a lição de moral: mas porque raio é que as mulheres nunca ficam satisfeitas com aquilo que os homens lhes dão? Parece sempre pouco, mesmo quando o que nos é dado é o máximo que um homem pode dar... Mas que cromossomas tão parvos que nós temos! Depois de tudo o que o homem lhe deu, ela ainda queria mais, queria significar mais, queria ter mais valor, queria pôr tudo num papel só por pôr, para não ficar atrás do ex-marido... Mas para quê? E depois vieram as palavras feias, a mágoa, a solidão... e no fim ficou tudo por dizer... uma despedida, um pedido de desculpas...nada.
Espero que quem ainda não viu o filme encontre aqui uma motivação para o ir ver. Recomendo-o vivamente!

beijos

*marta*

p.s. - perla mia, faz hoje exactamente 3 meses que partimos as duas para uma grande aventura! Quem diria que entraríamos em Roma num brutal Mercedes? "Sì, ho capito." LOL! E muito, muito mais aconteceu... acho devíamos escrever um livro! :) e intanto il tempo passa e tu non passi mai