Nas vitórias e nas derrotas
Hoje, como as meninas sabem, fui com o meu pai ver o meu Sporting.
Acabámos por chegar relativamente cedo dado que o meu pai, numa atitude tão característica da nossa família, se baralhou e percebeu que o jogo era às 20H15 e não às 20H30. Saio a quem? Pois não sei.
Este adiantamento acabou por fazer com que pudessemos assistir a uma cena realmente picachú (e quando eu - ultimamente tão sensível quanto um calhau - digo que foi picachú, é porque foi mesmo picachú). Poucos minutos antes do jogo começar, um dos 30mil casais que por lá andavam foram chamados para o centro do relvado, supostamente por terem ganho um prémio da MEO (ou terá sido da ZON? Hum estou um pouco confusa). Já no relvado, o apresentador diz que estávamos todos perante uma surpresa que o namorado tinha preparado para a namorada, passando-lhe o microfone. E é nesse preciso momento que o rapaz, supreendentemente com uma voz bastante segura para todo aquele contexto, agradece por estar no estádio mais bonito do mundo, abre uma pequena caixa com um anel e pede a namorada em casamento. Simplesmente com "É com grande orgulho que estou no estádio mais bonito do mundo. Amo-te. Queres casar comigo?".
Pois é verdade. O estádio ficou ao rubro, a cara de espanto da noiva estava espalhada pelos 2 ecrãs gigantes do estádio, enquanto a pobre tentava articular uma palavra. Depois do choque lá disse o "Sim" que nós tanto esperávamos e o namorado conseguiu colocar-lhe o anel.
Vao dizer: "Muito à Super Bowl". Sim. Mas no bom sentido. Porque ao ser tão simples, tão desprovido de lamechices e foleirices que alguns espécimes do povo português tanto apreciam, foi completamente amoroso.
Por isso, onde quer que "tu" estejas: se algum dia me pedires em casamento no meio do Estádio de Alavalade, está ciente de que só vais ter uma resposta. Sim. Por amor a ti, por amor ao teu gesto (principalmente se fores do clube do outro lado da 2ª Circular) e principalmente por amor ao meu Sporting.
*Rita*
(Meninas, congratulem-me: ao predispor-me a fazer parte de um acto tão "público", acabei de colocar de parte todo e qualquer tipo de repulsa da minha parte a eventos massificados e a contextos nitidamente da cor dos cravos. O que o romantismo idílico não faz a uma pessoa :P)
Oh que coisa tão picachú!:D Adorava ter assistido a isso! É mesmo daqueles gestos grandiosos, mas ao mesmo tempo tão simples e desprovidos de sentimentalismos baratos que ganham todo o significado. Aproveito aqui para me juntar ao teu repto: meu caro, onde quer que estejas (supondo que existes e que hás-de encontrar o caminho lol), se um dia te passar pela cabeça fazer um pedido de casamento assim...Não penses, faz logo, porque é certinho que ganhas uma noiva!:D
E, sim, xuxu, que orgulho dessa predisposição para eventos públicos e massificados.:D O que um bom momento romântico não faz...Até provoca uma inclinaçãozinha à esquerda, quem já agora, te fica a matar.;p
*Sarunis*
Rita, essas manifestações à esquerda não auguram nada de bom...Onde está o elitismo? O pedantismo? E até um pouco de snobismo? Vamos conversar, Rita, vamos vamos...tenho uns amigos com uns sítios espectaculares para repensares a vida! Acho que até dizem que "o trabalho liberta" e o camandro ;p
LOL Parti-me a rir. Não sei se algum benfiquista será capaz de o fazer mesmo por amor. É ainda mais difícil do que a minha tarefa para os próximos tempos: convencer alguém a não odiar Led Zeppelin e Pink Floyd. Só porque o Rui Veloso diz e bem: "Não se ama alguém que não houve a mesma canção".