segunda-feira, outubro 30, 2006

"Diz que é uma espécie de magazine" mas a mim não me convenceu, até porque parece mais uma espécie de "Contra-Informação" mas com pessoas

Enquanto fã incondicional do Ricardo, do Zé, do Tiago e do Miguel desde o primeiro momento em que apareceram na Sic Radical (ainda nas rubricas do "Perfeito Anormal" com o Markl e o Alvim), aguardava este novo programa do Gato Fedorento com alguma ansiedade. Fez-se mistério e no fim apanhei uma valente banhada. O estilo não lhes assenta e estão a enveredar por um caminho perigoso - do qual nem a comparação do seu modo de apresentar o programa com o Carlos Lopes numa gala dos prémios "Nova Gente" os poderá salvar. Já foi um risco começarem a representar os seus próprios textos, o que acabou por lhes correr até bastante bem - cada um à sua maneira sempre me arrancou valentes gargalhadas. Ontem à noite não só me apeteceu mudar de canal, como o único momento que valeu a pena foi, quanto a mim, a imitação genial de Salazar pelo RAP.
Acredito perfeitamente que lhes apeteça mudar e que não queiram estar colados a um rótulo, mas este pseudo talk show com sketches pelo meio não me conveceu - foram os sketches mais fraquinhos que os vi fazer... Para mim, Gato Fedorento sempre significou uma lufada de ar fresco no humor feito em Portugal - num canal por cabo, estavam-se nas tintas se as pessoas gostavam do humor deles. Simplesmente faziam o que lhes apetecia porque não estavam sujeitos à "guilhotina" das audiências - era puro non sense, com ou sem jeito para representar, e isso era genial. Claro que com a ida para um canal generalista a coisa muda de figura, bem como a qualidade.
Em televisão é preciso evitar "mais do mesmo" - já bem basta o estado em que os quatro canais nacionais deixaram a programação televisiva. Um programa que "fala da actualidade" mas com humorismo é o "Contra-Informação": o jornalista apresenta a notícia da actualidade (ou a não-notícia), a qual é satirizada pela imitação dos respectivos intervenientes, sejam eles responsáveis governativos, apresentadores de televisão, entre outros. Isso foi o que eu vi ontem à noite, mas com pessoas e não com bonecos manipulados. Imitações da Maria Elisa, do Paulo Bento e, acima de tudo o que mais me desiludiu, da Floribella. Até eles não conseguem evitar satirizá-la... A Teresa Guilherme deve estar felicíssima. Além de que o estilo de falar da actualidade e depois ter um sketch que demonstre do que se fala é muito o estilo de Herman José (também esse, quanto a mim, com uma imagem mais que desgastada), com as suas fiéis Ana Bola, Maria Rueff e Maria Vieira.
Não digo que perderam uma fã, isso seria demasiado drástico, mas perderam uma espectadora deste vosso novo programa. Rapazes, salvem-se enquanto é tempo: parem de fazer anúncios, peguem nos vossos papéis e canetas e fujam para a RTPN - lá podem continuar a fazer humor que não dá audiência!

*matuxa*

sábado, outubro 28, 2006

Algueirão

Nas últimas semanas tenho vindo a desenvolver uma patologia por um certo homem da rádio, de seu nome José Nunes. Para quem não sabe, este senhor, entre outras coisas, é o responsável pela rúbrica de desporto da Antena 3, rúbrica essa que eu ouço duas vezes por dia - de manhã e à tarde. Não, não tenho especial interesse na matéria - a questão é que a voz sr. Nunes é te tal maneira sexy que me deixa inexoravelmente colada ao rádio/mp3. É tudo uma questão de voz! Ninguém a quem eu conto isto me percebe, mas eu era bem capaz de passar o resto da vida a acordar com esta voz a sussurar-me ao ouvido!
Depois desta breve contextualização, passo a explicar o que constituiu um verdadeiro momento de êxtase para a minha pessoa.

Sexta -feira, dia 27 de Outubro de 2006, 18:45 - estou parada há cerca de 15 minutos nos Cabos de Ávila, uma subida que me levou MEIA HORA a fazer e que quase destruiu a minha embraiagem. Um trânsito infernal, que me custou uma hora entre Algés e o Algueirão! Calma, não temam: é a primeira vez que revelo a localidade de onde provenho mas hoje é com felicidade (pasmem-se!) que o faço. E porquê? Nada mais, nada menos, por causa de José Nunes.
Como sempre, levo o rádio do carro sintonizado na Antena 3. Depois das notícas (desesperantes) do trânsito às 18:30, lá vem uma musiquinha e logo a seguir "Linha Avançada, com José Nunes". Notícias da bola, blá blá e depois a habitual referência aos mails que recebem - sempre com histórias hilariantes. O que é que sucede? José Nunes lê um mail de um indivíduo do Algueirão e diz "Algueirão, como é que é? Quero ouvir!". A partir de então, de cada vez que a palavra "Algueirão" é pronunciada, José Nunes repete "Como é que é? Quero Ouvir!", e ri-se. Instala-se a galhofa no estúdio e, algures nos Cabos de Ávila, uma alegria indescritível percorre a minha pessoa! Até que Mónica Mendes diz "Acabámos de descobrir uma palavra que tem um grande efeito no José Nunes! Algueirão!" E uma voz vibrante e cheia de sensualidade responde "Como é que é? Quero ouvir!"
José Nunes vai-se embora (adeus, até 2ª) e eu fico a pensar - e se eu escrever para lá e disser que sou do Algueirão? "Marta que nos escreve do Algueirão. Como é que é? Quero ouvir!" Sempre poderia ser o começo de uma bonita história de amor... Já para não falar das coisas que eu lhe poderia dizer de cada vez que ele dissesse "Quero ouvir!" :) Estou apaixonada...

*matuxa*

Ah, e parabéns para mim, que a partir de hoje, dois anos depois do meu exame de condução, já tenho carta definitiva! Weeeeeeeeee! :p

quinta-feira, outubro 26, 2006

PARABÉNS, MANO - CUSCO!

João
Pensavas que nos esquecíamos? Somos umas pestes e tens vergonha de nós, mas nunca nos esqueceríamos de uma data tão importante como a tua entrada na maioridade universal!
Estás longe p'ra caraças, mas sempre nos nossos corações. Por isso, à falta de outro meio para chegar mais perto de ti, servimo-nos do Bairro para te mandar milhões de beijos de parabéns!
No caso do Bruno, milhões de abraços, claro, porque não há cá mariquices!
Tens noção que, apenas e só tu nos fazes abdicar do nosso anonimato depois de tudo o que já aqui escrevemos! :p
Ah, e como estamos longe de ti, faz favor de dizer à Zara, à Bershka e a todas as outras pessoas com nome de marca de roupa com quem te dás aí, para te tratarem como deve ser, neste dia tão especial! ;p

MUITOS PARABÉNS DE TODOS NÓS!!!

Martxinha, Sara, Ritxinha, pima Márcia e «o cromo» do Bruno.

P.S.: Desde que partiste nestas mini-férias, resolvemos, por razões de protagonismo e num acto de insanidade que nos está a custar caro, coroar a Martunis como Rainha-Lua/ alter-ego de Maria Antonieta.
Assim sendo, a Nova Alteza Real do Bairro mexeu os cordelinhos (vulgo Tio Zé Manel), para encomendar um fogo de artifício em tua honra, na Praça da República de Yerevan, digno dos banquetes de Versalhes! Esperamos que gostes! lol :p

quarta-feira, outubro 25, 2006

Questões profundas...

Encontrei aqui esta pérola e não resisti a partilhá-la convosco:

«o clitóris resulta de inteligent design? se sim, terá sido a forma de Deus compensar a mulher pela ausência de possibilidade de sacerdócio?»

Ainda dizem que não há homens que se preocupem com as questões profundas...lol

*Sara*

quinta-feira, outubro 19, 2006

Teoria da História

Dizem por aí que isto até é um blog mantido por meninas/o de CPRI... Para não desiludir quem ainda acredita que isto é um blog de respeito:
- «Os povos "bárbaros" podem dominar povos "mais civilizados" destruindo-lhes as bases técnicas, contudo assimilarão sempre a cultura dos derrotados».

Virgínia Coelho, aula de Colonialismo e Pós-colonialismo

p.s. não contem à prof de CPLP...se ela sonha que além de "selvagens" também chamam aos amigos dela "bárbaros"...não conseguirá conter as lágrimas.

bjinho*mini-prato*

quinta-feira, outubro 12, 2006

Falar português correcto

"Deglutir o batráquio" - (Engolir o sapo)

"Colocar o prolongamento caudal no meio dos membros inferiores" - (Meter o rabo entre as pernas)

"Sequer considerar a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contracções laringo - bocais" - (Nem que a vaca tussa)

"Retirar o filhote de equino da perturbação pluviométrica" - (Tirar o cavalinho da chuva)

"Sugiro veementemente a Vossa Excelência que procure receber contribuições inusitadas na cavidade rectal" - (Vá levar no cu)

bjinho*mini-prato* :D

«Ver tudo 'preto'», mas no bom sentido ;)

Ultimamente, muito se tem falado entre nós destes senhores (em particular do senhor que canta, não é Ritinha?).
E como esta música é muito, muito parva (no sentido «george clooneyano» da palavra) e eu ando fascinada com as potencialidades do youtube, resolvi brindar-vos com um bom momento musical.
Hope you like it!:)

beijinhos
*Sarunis*

P.S.: Rita, escolhi este vídeo de propósito porque era aquele em que melhor se vê os braços do senhor. Quem é amiga, quem é? ;p lol

quarta-feira, outubro 11, 2006

Para massajar o ego

Uma vez que este blog é, actualmente, mantido exclusivamente por elementos do sexo feminino, aqui fica um excerto da minha nova leitura de cabeceira - um livro com quase 20 anos e que andava perdido entre os calhamaços da minha estante. Extraordinariamente hilariante, esconde uma acutilante crítica político-social do nosso Portugal por entre um título e ilustrações "sugestivas". Enjoy it!

"A mulher sabe que domina, governa, decide, pode e manda mas não quer que se saiba e por isso entrega ao homem as chaves do Poder, senta-o nos gabinetes dos ministérios, nos conselhos de administração, nos quartéis-generais, nos concílios, por toda a parte onde exista a necessidade de uma voz de comando. Ela sabe que espécie de animal trouxe no ventre. Conhece-lhe os suspiros, as flatulências, as vaidades e as inquietações. [...]
O homem é a invenção ventríloqua da mulher e a sua mais imperfeita criação. Todas as outras fêmeas conseguiram parir o macho com grande beleza. Só o homem é uma triste imitação da beleza da sua geradora. [...] Nenhum homem é capaz de escapar à beleza sedutora de uma mulher porque a sua aspiração máxima é igualá-la e, se tal não for possível, pelo menos conviver com ela de perto. Por isso a mulher inventou a instiuição do casamento para que o macho se sinta protegido pelo útero materno, por um lado, e próximo da beleza feminina, por outro. Enquanto está não faz disparates. [...]
A mulher descobriu então que para além do prazer pouco mais valia a pena. Entregou ao homem as tarefas de manter a ordem e a fazenda e ficou por trás para desfrutar do prazer tanto quanto se pode e de vez em quando corrigir o rumo errado, castigar despotismos, acalmar ambições desmedidas, apaziguar ódios. [...]
Por trás de cada homem está a mão invisível de uma mulher, puxando-lhe o cordelinho do sorriso, do gesto, do olhar ou do falar. Pela frente nem sempre está. Mas quando está podem estar certos que vale a pena. Se alguém tiver razões de queixa pode ir rapidamente ao psiquiatra porque é incompetente. Mulheres frias só no Pólo Norte e fora dos iglôs."


Eurico Tiago, Técnicas de Engate, Coimbra, Fora do Texto, 1987, pp. 17-18
*matuxa*

terça-feira, outubro 10, 2006

Letras

Above you, below me - Badly Drawn Boy

Don't want to give
Don't want to steal
Don't want to be anything I'm not
You take answers
I give questions
Like some rolling monologue
Want to be the one to say
That today could be the day
A day to believe in what you know
Is what you know

I will take you as you are
Please accept me as I am
Find your lonely life bizarre
I know it's above you
I know it's below me

All this and more

Don't want to live life in your shoes
I don't feel I know the way
Feeling you
Giving me directions
I don't need
Up above and round we go
First it's fast and then it's slow
Could you connect with my intellect

I won't take you as you are
Please don't take me as I am
Find your lonely life bizarre
You see this in love
You see this in life

THrow an all year round reception
For a love with no connection
Knowing you knowing my
Ignorance to modern life

I know it's above me
I know it's below you
I know it's above me
I know it's below you

I will take you as you are
Please accept me as I am
Find your lonely life bizarre
I know it's above you
I know it's below meI
will take you as you are
Please accept me as I am

There'll be something in the wind
To show us we're right
And tell us we're wrong
I want to know more

bjinho*mini-prato*

terça-feira, outubro 03, 2006

"Porquê?"

Finalmente encontrei a música que tanto tem dado que falar - é só clicarem no nome dela no link que começa a tocar automaticamente! Peço desculpa se a minha sensibilidade é pouco apurada para o sentido artístico do "xôr" Caetano, mas juro que acho este "poema" muito fraquinho... Não que seja polémico, simplesmente passa-me ao lado.

*matuxa*

segunda-feira, outubro 02, 2006

Floribella segundo Jaimão

Estava eu alegremente navegando no youtube, quando encontrei aquele que penso ser o mais recente tema deste senhor que já tantas vezes nos presenteou com verdadeiras pérolas musicais, adaptadas da música portuguesa e estrangeira.
Neste caso, a figura «honrada» com a atenção de Jaimão é nada mais, nada menos do que Floribella...Essa praga em forma de «mosca morta», que invadiu as nossas televisões e as cabecinhas das nossas crianças com mais lixo televisivo e musical, apelando, desta vez, não à rebeldia (como fazem os seus, igualmente maus, concorrentes 'Morangos'), mas à total e absoluta estupidificação.
Dito isto, achei por bem partilhar convosco esta nova e interessante versão do principal êxito da banda da Floribella.
Enjoy it!

*Sara*

domingo, outubro 01, 2006

A questão linguística - parte 2

Ainda o novo albúm de Caetano Veloso. Como "complemento" ao excerto da entrevista que aqui postei, Inês Pedrosa escreve na Única desta semana:

"É particularmente inovador o tratamento poético e musical do tema sexual; o compositor serve-se dos grosseiros arrepios das guitarras do rock para eternizar gemidos, enquanto o poeta brinca em profundidade com a cor, o som e o ritmo das palavras. A canção «Porquê?», perfeita na simplicidade de um vernáculo até agora só escutado na intimidade da cama de cada um ou nos filmes da especialidade, causará sem dúvida um escândalo orgástico no nosso púdico país, remetendo o «Je t'aime moi non plus» de Gainsbourg para a secção das cantigas infantis - até porque, hélas, não é em francês. [...] Caetano Veloso tem na plasticidade da língua portuguesa a sua mais constante musa - e é assim que, no jacto de uma canção puramente ejaculatória, surge este verso de camoniana exactidão: «E tu, como é que te tens por dentro?»"

O que é o "jacto de uma canção puramente ejaculatória"? Meus amigos, isso é polêmico (lido com sotaque brasileiro)! Agora até eu fiquei curiosa para ouvir esta música causadora de escâdalos orgásticos! Alguém me empresta o cd?
Já agora - e vocês, como é que se têm por dentro? :)

*matuxa*