Nós e eles
Em Bruxelas assistimos a uma manifestação contra a guerra no Líbano como nunca tínhamos visto nenhuma. Todas nós nos arrepiámos ao ver muçulmanas enraivecidas gritar a plenos pulmões "Hamas Jihad Hezbollah" por entre os seus véus, ao mesmo tempo que mostravam cartazes que diziam "direito à resistência". Paradoxal, no mínimo.
Sem querer tomar posições, esta guerra, como todas, é estúpida e não pode ser esquecida, para que não se repita. As letras dos Pink Floyd nos anos 70 não deveriam ser actualmente aplicáveis, mas são... Aqui fica a homenagem a esses génios que, com tão poucas palavras, conseguiram dizer tudo.
Us and Them
Us, and them
And after all we're only ordinary men.
Me, and you.
God only knows it's not what we would choose to do.
Forward he cried from the rear
and the front rank died.
And the general sat and the lines on the map
moved from side to side.
Black and blue
And who knows which is which and who is who.
Up and down.
But in the end it's only round and round.
Haven't you heard it's a battle of words
The poster bearer cried.
Listen son, said the man with the gun
There's room for you inside.
"I mean, they're not gunna kill ya, so if you give 'em a quick short, sharp, shock, they won't do it again. Dig it? I mean he get off lightly, 'cos I would've given him a thrashing - I only hit him once! It was only a difference of opinion, but really...I mean good manners don't cost nothing do they, eh?"
Down and out
It can't be helped but there's a lot of it about.
With, without.
And who'll deny it's what the fighting's all about?
Out of the way, it's a busy day
I've got things on my mind.
For the want of the price of tea and a slice
The old man died.
(The song describes the tendency of people to partition themselves from those who are different, in cases such as war, politics, and social class. Moreover, it is a description of the battle between citizens desires and their government; the battle between "us and them." Some fans believe the song was influenced by Roger Waters' dad dying in World War II.)
*marta*
Ao ler aqui a descrição daquela manifestação em bruxelas, voltei a arrepiar-me com a imagem daquelas mulheres cobertas da cabeça aos pés, completamente imbuídas numa cultura que trata as mulheres como cidadãs de 2ª sem quaisquer direitos próprios, e, ao mesmo tempo, a gritarem mais alto e com mais fervor que os homens contra Israel e a favor dos Partidos e grupos político-militares islâmicos...Foi sem dúvida uma imagem marcante e que ilustra demasiado bem o panorama actual... O Homem continua a repetir ciclicamente os mesmos erros ao longo dos séculos e a iniciar guerras inúteis, auto-destrutivas e que não resolvem qualquer problema, muito menos um dos mais complexos de sempre: o conflito israelo-árabe. E tudo sempre a mando de algumas minorias que nunca sujam as mãos e se servem da maioria como «carne para canhão». é este repetitivo e estúpido apetite de destruição do Homem que faz com que, infelizmente, esta letra dos Pink Floyd continue a fazer tanto sentido, tantos anos depois.
Beijinhos
*sara*