segunda-feira, março 17, 2008

Xiiiiuuuuu....


E quando a única coisa que tens vontade de fazer é esconderes-te no teu cantinho? Encolhida em mil pedacinhos, quieta, em silêncio, à espera que a cabeça se vá lentamente esvaziando, esvaziando...até te começares a sentir lentamente aliviada, o corpo a descontrair, aquela mesma sensação que se sente quando nos acabamos de deitar numa cama de lençóis lavados, aquela frescura, aquela pureza...
Acho que todos deviamos ter um cantinho algures, um bunker para onde fugir à procura de abrigo quando o som das bombas se torna ensurdecedor. O meu seria virado para a àgua, só eu e a àgua. Para esses momentos de fuga só queria estar eu e...nem sei, acho que só mesmo eu. O objectivo é esse, não é, os mantimentos não fazem parte desta pequenina fuga. Depois deveria haver um mecanisno que só nos deixava sair quando os nossos batimentos cardíacos estivessem iguais aos de um bébé que dorme mal acaba de mamar, quando as nossas faces já não estivesssem ruborizadas, como se tivéssemos apanhado um escaldão mesmo usando Factor 40. Aí sim o bunker já seria claustrofóbico, os mantimentos indispensáveis...
...E aí o corpo desdobrar-se-ia, o silêncio já se havia tornado ironicamente ensurdecedor.
Mas até aí...
E quando a única coisa que tens vontade de fazer é esconderes-te no teu cantinho?



*rita*

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

acho que o truque é encontrarmos algo que se assemelhe a esse bunker, seja uma actividade ou um cantinho interior ao qual ninguém chega, enquanto não se tem o bunker idealizado (no teu caso virado po mar, no meio nenhum sitio especifico, só um bilhete pa outro lugar qualquer quando me apetecesse estar sozinha). mas sei bem o que tentas dizer,por vezes é tão preciso fazermos um back to basics na nossa cabeça e torna-se tão complicado com tudo o que é impossivel parar de acontecer à nossa volta.

7:18 da tarde  

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